Durante a idade média a criança era vista como um adulto em miniatura. tanto no modo de vestir-se como em relação ao trabalho, pois a criança era tida como mão de obra necessária e substituível. Só a partir do século XVIII, surge a concepção de infância, onde a criança passa a ser vista como um ser frágil e ingênuo, tendo a necessidade de ser cuidado e estimulado, sendo então reconhecida a importância de viabilizar o desenvolvimento do indivíduo para um crescimento saudável em todas as áreas: a física, cognitiva, emocional e a social, também nesta época começou a ser percebida a necessidade do brincar infantil.
Ao brincar a criança internaliza regras e tem a oportunidade de adquirir novas aprendizagens, tanto em grupo como individualmente, quando brinca a criança expõe seus sentimentos. suas frustrações, fraquezas, criatividade e necessidades.
Piaget (1971, p. 67) diz que "Quando brinca, a criança assimila o mundo à sua maneira, sem compromisso com a realidade, pois a sua interação com o objeto não depende da natureza do objeto, mas da função que a criança lhe atribui”.
Durante o brincar a criança constrói sua identidade, adquire autonomia, inventa suas hipóteses e responde suas perguntas, pois é através do brincar que a criança é inserida em um espaço de descobertas, expõe sentimentos como alegrias, medos e frustrações, o brincar tanto no núcleo familiar quanto social proporciona criança o direito a infância em toda sua potencialidade e plenitude.