O mundo anda com pressa! O mundo está exigindo demais!
Será que é propriamente “o mundo” ou é você que com o passar dos anos, que com a chegada de tanta tecnologia fez com que você mudasse radicalmente seus hábitos e até seus objetivos em detrimento a este mundo que faz com que você esteja cada vez mais conectado nesta vida virtualizada?
Você pode estar se perguntando “sim, mas então devo deixar todas as facilidades da tecnologia e voltar a estaca zero?
Evidente que não, eu explico.
O que falta no ser humano de hoje é simplesmente duas funções básicas: primeiro perceber a vida ao seu redor, e isso é de dentro pra fora. O externo vem pra exatamente tirar o que somos na essência, nossas experiências, a conversa conosco mesmo, compreender nossas emoções e jamais mascarar nossas verdades, aquelas que costumamos coloca-las por debaixo do tapete. Segundo é buscarmos o equilíbrio entre o mundo on-line e o mundo off-line. Buscarmos momentos em que possamos dizer “agora darei atenção aos meus filhos, a pessoa que está ao meu lado, no que devo fazer em prol a minha pessoa”.
São dois grandes passos, dois passos fundamentais pra que você comece a se reencontrar. Nessa jornada é sempre importante lembrar você para o que você absorve diariamente. O que você faz com o seu tempo.
Experimenta olhar para o seu celular, nos aplicativos das redes sociais, quanto tempo você está passando diariamente olhando conteúdos que nada agregam na sua vida, mais uma vez, mascaram tuas verdades com atitudes inoperantes e nada pensadas. O terrível hábito de ser habitualmente um zumbi, sim, caminhar olhando para o celular, comer olhando para o celular, conversar olhando para o celular, e por incrível que pareça, dirigindo olhando para o celular.
Os celulares e outros dispositivos tecnológicos se tornaram extensões de nós mesmos. Conhecemos seus atalhos, configurações, aplicativos favoritos e até suas capacidades técnicas. No entanto, essa familiaridade com a tecnologia contrasta fortemente com o nosso entendimento das emoções, hábitos, foco e do mundo interno.
As emoções são uma parte essencial da experiência humana, mas muitas vezes são negligenciadas ou mal compreendidas. Enquanto sabemos como configurar notificações e ajustar o brilho da tela do celular, frequentemente não conseguimos identificar ou processar nossas próprias emoções. A falta de alfabetização emocional pode levar a uma série de problemas, como estresse, ansiedade e dificuldades nos relacionamentos. Entender as emoções requer atenção e introspecção, habilidades que muitas vezes ficam em segundo plano em um mundo centrado na tecnologia.
Entender profundamente nossas emoções, hábitos, foco e mundo interno é tão vital quanto compreender a tecnologia que usamos diariamente. Ao investir em autoconhecimento, podemos viver de maneira mais equilibrada e autêntica, navegando tanto no mundo digital quanto no nosso mundo interno com maior clareza e propósito.
Júnior Chisté, psicólogo, escritor e palestrante.
Atende diariamente pessoas de todo o Brasil através de vídeo-chamada.
(49) 9 9987 90 71.