Pipocando?
Você já fez pipocas que não tenham sido no micro-ondas?
Se já o fez, deve ter observado a bela transformação do milho durinho em pipocas macias, brancas, fofinhas e deliciosas…
Imagine o milho, fechado dentro da panela, sentindo cada vez mais o ambiente quente. Deve pensar que a sua hora chegou: estou morrendo, sem ar, sufocado, queimando, tudo acabou!
Dentro de sua casca dura, fechado em si mesmo, ele não pode supor destino além da morte. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada. Não faz ideia do que esta por acontecer…
Prepare-se para algo bom demais, gostoso demais e simplesmente inusitado. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do calor, a grande transformação acontece e ele aparece como uma outra coisa, completamente diferente: pipocas brancas, macias e deliciosas.
Podemos nos comparar ao milho de pipocas sim! Somos criaturas duras, muitas vezes, quebra-dentes, insensíveis, incompreensíveis e por vezes, com uma visão distorcida da vida, sem valores reais.
Também sofremos transformações quando passamos pelo calor extremo, pelo fogo. É a declaração explícita de dor.
São situações que nunca imaginamos vivenciar. Pode ser um incêndio de fora da sua área de conforto, um amor que se foi, um filho que adoece gravemente, o tesouro perdido, a morte de um ente querido.
Pode ser um fogo de dentro, cuja causa demoramos para descobrir e que nos atormenta por longo tempo: medo, ansiedade, depressão, pânico, vertigens, surtos.
Enquanto estamos a sofrer, a ação incômoda do fogo (dor), desejamos ardentemente que ele se apague, a fim de que tenhamos repouso das dores. Contudo, sem tal sofrimento não acontecerá a grande transformação.
Quem não passa pelo fogo vive a vida inteira como sempre foi. São pessoas de uma mesmice e dureza assombrosas. Só que elas não percebem. Acham que o seu modo de ser está ótimo.
Por sua vez, existem pessoas que, por mais que o fogo queime, recusam-se a mudar. Acham que não pode existir nada mais maravilhoso do que o modo de serem. A sua presunção e o medo são a dura casca que não estoura. Essas podem ser comparadas ao milho que se recusa a estourar e fica no fundo da panela, depois do alegre estouro da pipoca.
Lamentavelmente, essas pessoas não se permitem transformar na flor branca e macia para dar alegria a alguém. Não desejam se tornar mais maleáveis, doces, amorosas. Perdem a chance de conquistar amizades que poderiam, logo mais, solidificar-se em amores para a vida risonha e feliz.
Ser pipoca estourada - eis uma opção. Os que desejam ser felizes e fazem a ventura dos que nos cercam; as lições das dores nos tornam mais afáveis, gentis no trato, ponderados no falar. Aprendemos a usar a empatia, a fim de compreendermos as dores alheias.
Na pauta das atividades, Jesus Cristo, até sua obra na cruz, entre as criaturas humanas, destacam-se os seus labores junto aos padecentes de todos os matizes. Com Ele, todo e qualquer sofrimento achará a cura, os sofredores encontrarão o necessário amparo e a vida de todos terá a luz e o rumo dos quais carecem, para a completa ventura dos dias futuros.
Desejo uma feliz sexta-feira e um abençoado final de semana. Vá com fé. Um cheiro para todos e vamos pipocar por esse lindo mundo que nos foi dado.
Parabéns amor pelo brilhante texto. Que o Eterno Deus continue iluminando vossa mente e dando sabedoria para alcançar e ajudar vidas necessitadas emocionalmente. Eu te amo. Beijos