Emily Lima, uma figura pioneira no futebol feminino sul-americano, assume o comando da estruturação das seleções femininas no Peru. Com 30 anos de dedicação ao futebol, entre jogadora e técnica, a brasileira combina as funções de coordenadora e treinadora para fortalecer a modalidade no país andino.
Em uma entrevista exclusiva ao Globo Esporte, Emily revela que recusou um convite da CBF no ano passado para assumir o papel de coordenadora, optando por permanecer no Peru para continuar seu trabalho como treinadora. Ela destaca a importância de deixar um legado e uma estrutura sólida para o futebol feminino peruano.
Com passagens pela seleção brasileira, Emily considera sua experiência enriquecedora, sem ressentimentos, e vê o momento atual como uma oportunidade de crescimento profissional e pessoal. Ela destaca a necessidade de maior cooperação entre as seleções sul-americanas para elevar o nível competitivo regional.
Enfrentando desafios semelhantes aos que já conheceu no Equador, Emily enxerga a necessidade de avançar na profissionalização do futebol feminino no Peru. Com um contrato até 2026, ela estabelece um plano de oito anos para tornar a seleção competitiva internacionalmente, reconhecendo as dificuldades presentes.
A temporada de 2024 começou para a seleção peruana, com Emily mirando em objetivos a longo prazo, incluindo a busca por uma vaga nas fases finais da Copa América em 2025. Ela destaca a importância de formar profissionais locais para as seleções de base, buscando uma abordagem sustentável.
Ao planejar seu próprio futuro, Emily não descarta um eventual retorno à seleção brasileira, mas sua ênfase está na construção de uma base sólida para o futebol feminino peruano. Ela também destaca a necessidade de aproveitar as habilidades de gestão e coordenação de Pia Sundhage, ex-treinadora da seleção brasileira, para impulsionar o desenvolvimento da modalidade no país.